segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Novos Estilistas e Designers

A revista Elle deste mês de janeiro está com cara de férias: praia e poucas páginas. Mas, vamos dar um desconto. Afinal, neste mês acontecem os mais importantes eventos de moda do país (Fashion Rio e São Paulo Fashion Week) e toda a equipe trabalha muito para fazer a cobertura e preparar as revistas de fevereiro.

Na página 22 e 23, a editora de moda Susana Barbosa, escreveu na sessão Backstage alguns detalhes do concurso It MTV Elle Fashion Fabric, reality show brasileiro, transmitido pela MTV e que revelou um jovem estilista para o mundo da moda. Sem muitos detalhes, Susana descreveu alguns participantes, o que aconteceu por trás das câmeras, porém, infelizmente, não houve espaço para o trabalho criativo realizado por cada um deles durante o programa.
Lá pela página 80, Juliana Moriya, vencedora do reality, ganhou três páginas para mostrar seus looks desenvolvidos para o programa e um texto muito legal escrito por Susana. As fotos são de Paschoal Rodriguez e a modelo é Carol Ribeiro.

Click para ler a reportagem

Opinião

                 É muito comum que em revistas de moda consagradas, como é o caso da Elle e da Vogue, nem sempre haja espaço para jovens e novos estilistas e designers. Mas, é claro que eu estou falando de pessoas anônimas. Por que há sim espaço para novos estilistas. Um exemplo é Pedro Lourenço, filho dos estilistas brasileiros Reinaldo Lourenço e Glória Coelho, 20 anos e sua estréia foi aos 19 na semana de moda de Paris. Será que ele é um destaque da moda? Com certeza. Mas o parentesco pode ajudar, né?
                O fato é que esse país está cheio de jovens estilistas e designers que pensam a moda de uma maneira muito interessante e que exaltam a moda inteligente, com soluções, formatos e tecidos que fazem a diferença para que pessoas ‘’reais’’, sem corpo padrão e poder aquisitivo, vistam peças que as façam bem vestidas.  Esse profissionais da moda, trabalhadores anônimos de fábricas espalhadas por todo o Brasil, merecem homenagens e reconhecimento.
Quem consome a moda brasileira são os 190.732.694  milhões de habitantes que se vestem todos os dias para trabalhar, estudar, passear e precisam de roupas para fazer isso. E estilistas e designers que pensam nessas pessoas como seu público alvo, devem ter espaço de estrela nas revistas de moda do país.
No blog oficial do reality vocês poderão conhecer todos os participantes do It MTV Elle Fashion Fabric, as provas, as peças produzidas, entender como funcionou todo o programa e assistir a todos os episódios.
Por hoje é só.
                                                                                                                                            Mariana Zirondi

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Modalizando a Moda

Moda, moda e moda. Objeto de desejo e disputa. Competição e consumismo. Expressão e identidade. Poder e glamour. Às vezes penso que a moda está separada das roupas, pois esse segmento se tornou um mundo à parte, capaz de selecionar, incluir, excluir e julgar pessoas. E essas não são feitas pela roupa que estão vestindo, mas pela influência, pelo dinheiro e por tudo aquilo que representam para um mundo de interesses. A moda se tornou relativa. Afinal, o que é se vestir bem?
Para muitos, vestir-se bem está muito além do corpo. Ter atitude é que importa. Acreditar que não é o que está vestindo mas quem o veste faz a diferença e conquista espaço. Com certeza revistas querem vender marcas, por isso quem é bem vestido na imprensa é quem está munido de boas etiquetas. Porém, há uma tendência subjetiva que vejo invadir o que está por trás das passarelas. Poucas peças são a maioria. O que produz os desfiles são maquiagens, sapatos, acessórios em geral. Mas, e a roupa? Às vezes é a ultima coisa que observo. O que dá vida às roupas são ideias relativas, desenvolvidas por pessoas que vêem além do que se vê. Pessoas que acreditam que a moda é mercado. Mercado que movimenta a economia do país. E muitas vezes não é levada a sério.
Moda pode ser fútil. Moda pode ser vazia. Moda pode ser apenas roupa. Mas moda alimenta muita gente. Faz pequenos e médios empresários movimentarem a economia de pequenas regiões. Faz diminuir o desemprego, aumentar a especialização. Estimula a pesquisa tecnológica, aumenta a competição e principalmente, faz com que muitas pessoas se interessem por ela e usem a criatividade para mostrar que o Brasil é cultura, identidade e presença.
Pense  por trás da roupa que você veste. Aproveite o que há de conteúdo de moda nesse país. Leia revistas, esqueça fotos. Há jornalistas de moda que trabalham para gerar informações de conteúdo. Absorva o que a imprensa pode fornecer de história, cultura e criatividade. Vamos tentar discutir, ressaltar e valorizar o que há de substancial na moda. Bem Vindos ao Modalizando.
Mariana Zirondi