segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Tender ou não tender, eis a questão

         Eu nunca fui muito ligada em tendências. Simplesmente acho que elas devam existir para que o mercado da moda venda. E é apenas nisso que eu acredito. Se sentir bem é o importante. Ser escravo da moda não está na moda.


         Pensei que dificilmente faria um post sobre tendências. Mas achei que por essa reportagem valeria a pena. Foi escrita de uma maneira tão gostosa que me fez querer falar sobre ela. Sobre o seu conteúdo, sobre a sua história. Uma das coisas mais lindas da moda é a sua história. É possível identificar cada acontecimento mundial através da roupa da época. Até com a história da boneca Barbie, podemos aprender a história da moda. E isso é rico.


Barbie

         E voltando para aquela reportagem, ela se encontra na revista Vogue desse mês. O texto foi escrito pela Editora de Moda Sênior da Vogue, Adriana Bechara, e trás como foco a dançante década de 70 e suas cores, formas e tecidos marcantes.  

 
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         O foco da matéria está no Studio 54, boate ''bombadéérrima'' que funcionou de 1977 à 1986. Tudo o que estava na moda dançava naquela pista: as músicas, as roupas, as celebridades e o que estava ligado ao sexo, drogas e rock 'n' roll.

Studio 54
 
          Truman Capote, autor da referência jornalística A sangue friu e de Bonequinha de Luxo [obra aliás que lhe garantiu acesso à coluna social], Michael Jackson, Mick Jagger [vocalista dos Rolling Stones], entre outras celebridades, eram frequentadores que davam à boate um certo ''glamour''.

          A moda foi um dos grandes marcos dos anos 70: calça boca de sino, sapatos plataforma, estilo hippie com estampas multicoloridas, tecidos estilo indianos, início da moda unissex. Pois é, aposto que não há uma só pessoa que não tenha reconhecido esses ícones como referentes à era disco.

          No Brasil, a Rede Globo marcou os 70's com a novela Dancing Days, em que Sonia Braga dançava em uma discoteca e fez com que todos quisessem suas roupas, ouvissem e dançassem as suas músicas.

Abertura da novela Dancing Days


          
           Acho muito importante que haja essa volta ao tempo quando se fala em tendências. Muitas coisas não são explicadas na moda, apenas impostas pelos seus criadores. A maior parte das referências de novas coleções são coisas que já foram moda, e que voltam apenas mais modernas.


          Mas de onde saiu tudo isso?! Nem todos eram nascidos para se lembrarem de algo que já foi usado, e nem tem fotografias para reconhecer determinados modelos. Por isso, explicar para o consumidor de moda o que ele irá vestir, por que e o que esse momento representou para a sociedade significa dar à ele a opção de escolher, ou seja, tender (de tendência) para aquela sugestão. Se bem informado, poderá descobrir o que realmente quer aderir ao seu estilo, visual e até mesmo personalidade.

            Saber porque estamos vestindo está na moda. Escolher o que te faz feliz também.

             Por hoje é só,

Mariana Zirondi
          

          

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

C&A faz parceria com Stella McCartney

          A revista Vogue (editora Globo Condé Nast) do mês de fevereiro está recheada de boas reportagens.

          A repórter Milene Chaves trouxe para a edição desse mês a parceria entre a estilista Stella McCartney e a C&A.

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          Para você que ainda não conhece a estilista, não se preocupe, pois, com certeza, você conhece o pai dela. Stella McCartney é estilista, atriz, socialite, modelo, apresentadora de TV e filha de nada mais nada menos que Paul McCartney, ex-baixista da banda The Beatles.



          Ela começou sua carreira trabalhando com Christian Lacroix, um dos estilistas mais influentes da década de 80, começou a estudar moda em Paris, conseguiu vender uma coleção para uma loja no ano de sua formatura e lançou sua própria marca. Dois anos depois, foi a substituta de Karl Lagerfel na marca Chloé. Mais tarde, aceitou assinar, para a Gucci, uma grife de luxo vendida no mundo todo e que levava o seu nome.


          Agora chegou a vez de pessoas reais, como nós, termos acesso às peças desenvolvidas por ela. A C&A, chamada pela Vogue de rede fast fashion (ou seja, que troca muito rápido suas coleções) fez uma parceria com McCartney e a partir do dia 22 de março vocês poderão adquirir as peças na loja. Boa modelagem, design e estilo com um preço acessível, em uma loja acessível.

Opinião

          Roupas feitas por estilistas ou designers famosos, muitas vezes, não chamam a atenção apenas pela cores, tecidos ou estampas. O que pode fazer a diferença é a modelagem. Muitas personalidades da moda fazem sucesso pela maneira com desenham o formato da roupa, pois para quem não conhece o termo, a modelagem são os cortes, costuras, enfim, o formato que a peça terá. Por isso, quando você coloca uma roupa e acha que ela foi feita para você, lembre-se de que pode ter sido pela modelagem.

          Algumas lojas de departamento ou fast fashion (ex: Renner, C&A, Riachuelo, Zara, etc) são conhecidas pelo preço baixo de suas peças e também em alguns casos, infelizmente, pela baixa qualidade no desenvolvimento de seus produtos. Quando designers ''famosos'' fazem parcerias com essas lojas, há uma melhoria muito grande na ''cara'' da peça, suas funcionalidades e, especialmente, na modelagem. No entanto, na hora de comprar, deve-se ficar atento se a qualidade da peça está de acordo com o preço pedido, pois às vezes, a única diferença entre as roupas específicas e o resto da loja é o nome do estilista que assinou a coleção. 

        Porém, há alguns exemplos que não deixaram a desejar e deram certo. Recentemente, me lembro de outra parceria entre uma grande marca e uma rede fast fashion. A Riachuelo e a marca Osklen lançaram uma coleção inspirada no Rio de Janeiro.  100 peças (masculinas, femininas, moda praia e acessórios) foram desenvolvidas pelo estilista da marca, Oskar Metsavaht, e custavam entre R$ 29 e R$ 250 reais.



         Democratização da moda. Parcerias que dão à grande massa oportunidade de conhecer o trabalho de grandes designers, e principalmente, se vestirem com tecidos bacanas e modelagens bem pensadas. A etiqueta passa a ser amiga daqueles que querem se vestir bem sem gastar absurdos.

          Vestir o que há de bom está na moda. Pagar menos por isso também.

          Por hoje é só,


Mariana Zirondi
         







quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Cabeleireiros Contra a AIDS

O HIV é um vírus que ataca o sistema imunológico responsável por defender o organismo de doenças. Quando desenvolvido no corpo, o vírus se transforma em uma doença, conhecida por todos como AIDS. No Brasil, segundo pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde, de 1980 a 2008 foram registrados 506.499 casos de AIDS. Já em relação ao HIV, a estimativa é de que 630 mil pessoas estejam infectadas.
Esses números assustam. E desde 2008 os índices com certeza aumentaram. Mas o Brasil é um dos países mais bem estruturados em relação à prevenção da doença e também à assistência para os infectados. Cerca de 465 milhões de preservativos são distribuídos em todo o país e o acesso a medicamentos para o tratamento da doença é gratuito para toda a população.

                Diversas campanhas são feitas em prol da luta contra a AIDS no Brasil. A revista Elle do mês de janeiro trouxe uma reportagem sobre a iniciativa de uma empresa francesa de cosméticos para ajudar a diminuir o vírus em todo o mundo.
                Para quem não conhece, a L’Oréal é uma companhia francesa líder na venda de cosméticos por todo o mundo. A marca chegou ao Brasil em 1939 e em 1969, inaugurou a primeira fábrica em solo verde e amarelo.
                Em parceria com a Unesco, a L’Oreal lançou uma campanha mundial chamada Cabeleireiros contra a AIDS. 
Essa iniciativa aposta nos profissionais da beleza como grandes mediadores do assunto em locais populares, como os salões de beleza, pois estabelecem contato com grande número de pessoas e assim auxiliam na campanha de conscientização contra a AIDS. A L’Oreal disponibiliza material para todos os salões através dos cursos técnicos das marcas L´Oréal Professionnel, Matrix, Kérastase ou Redken.
                Uma das ações realizadas pelo Brasil em prol da campanha foi um calendário feito por celebridades e fotógrafos renomados em que toda a renda será destinada à Sociedade Viva Cazuza. O Calendário brasileiro serviu de exemplo para que fosse feito um calendário mundial, com beldades estrangeiras.  
Click para ler a reportagem
              
                 A Elle divulgou as fotos do calendário mundial e Bel Ascenso escreveu uma matéria super bacana sobre a iniciativa.
                Encontrei todas as fotos do calendário brasileiro, mas não encontrei qual mês pertence cada uma. O calendário Cabeleireiros contra a AIDS pode ser comprado no site da Sociedade Viva Cazuza.

 
Opinião
                A imprensa brasileira está acostuma, na maior parte das vezes, a se lembrar da AIDS apenas no dia 1 de dezembro: Dia Mundial de Combate a AIDS. E quase sempre com as mesmas notícias, com os mesmos termos e com o mesmo preconceito. A imprensa poderia falar do assunto sempre, afinal de contas é um problema que precisa do apoio da mesma para a conscientização.

                Durante todo o ano as pessoas precisam se prevenir, aprender a respeitar quem tem a doença e principalmente, fazer exames para saber se há ou não o diagnóstico. Por isso, falar de AIDS é necessário sempre, e para que se quebrem paradigmas e preconceitos, o assunto deve ser levado para debates, a fim de esclarecer dúvidas, e principalmente, para as escolas onde há formação de crianças e adolescentes. Parabéns à revista Elle, que apesar de ter em quase todas as suas páginas glamour e luxo, trouxe um assunto de saúde pública como pauta em uma de suas reportagens.

                A luta contra a Aids está na MODA. Vista essa causa. Previna-se.
Por hoje é só,
Mariana Zirondi