Eu nunca fui muito ligada em tendências. Simplesmente acho que elas devam existir para que o mercado da moda venda. E é apenas nisso que eu acredito. Se sentir bem é o importante. Ser escravo da moda não está na moda.
Pensei que dificilmente faria um post sobre tendências. Mas achei que por essa reportagem valeria a pena. Foi escrita de uma maneira tão gostosa que me fez querer falar sobre ela. Sobre o seu conteúdo, sobre a sua história. Uma das coisas mais lindas da moda é a sua história. É possível identificar cada acontecimento mundial através da roupa da época. Até com a história da boneca Barbie, podemos aprender a história da moda. E isso é rico.
E voltando para aquela reportagem, ela se encontra na revista Vogue desse mês. O texto foi escrito pela Editora de Moda Sênior da Vogue, Adriana Bechara, e trás como foco a dançante década de 70 e suas cores, formas e tecidos marcantes.
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O foco da matéria está no Studio 54, boate ''bombadéérrima'' que funcionou de 1977 à 1986. Tudo o que estava na moda dançava naquela pista: as músicas, as roupas, as celebridades e o que estava ligado ao sexo, drogas e rock 'n' roll.
Studio 54
Truman Capote, autor da referência jornalística A sangue friu e de Bonequinha de Luxo [obra aliás que lhe garantiu acesso à coluna social], Michael Jackson, Mick Jagger [vocalista dos Rolling Stones], entre outras celebridades, eram frequentadores que davam à boate um certo ''glamour''.
A moda foi um dos grandes marcos dos anos 70: calça boca de sino, sapatos plataforma, estilo hippie com estampas multicoloridas, tecidos estilo indianos, início da moda unissex. Pois é, aposto que não há uma só pessoa que não tenha reconhecido esses ícones como referentes à era disco.
No Brasil, a Rede Globo marcou os 70's com a novela Dancing Days, em que Sonia Braga dançava em uma discoteca e fez com que todos quisessem suas roupas, ouvissem e dançassem as suas músicas.
Abertura da novela Dancing Days
Acho muito importante que haja essa volta ao tempo quando se fala em tendências. Muitas coisas não são explicadas na moda, apenas impostas pelos seus criadores. A maior parte das referências de novas coleções são coisas que já foram moda, e que voltam apenas mais modernas.
Mas de onde saiu tudo isso?! Nem todos eram nascidos para se lembrarem de algo que já foi usado, e nem tem fotografias para reconhecer determinados modelos. Por isso, explicar para o consumidor de moda o que ele irá vestir, por que e o que esse momento representou para a sociedade significa dar à ele a opção de escolher, ou seja, tender (de tendência) para aquela sugestão. Se bem informado, poderá descobrir o que realmente quer aderir ao seu estilo, visual e até mesmo personalidade.
Saber porque estamos vestindo está na moda. Escolher o que te faz feliz também.
Por hoje é só,
Mariana Zirondi